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A relação entre Refluxo Gastroesofágico e o desenvolvimento de câncer

Tempo de Leitura: 3 min
Sumário

O refluxo gastroesofágico persistente pode evoluir para complicações, como o esôfago de Barrett, aumentando o risco de câncer. Compreender essa relação é fundamental para prevenção e tratamento precoce. Saiba quais são os sinais de alerta e como proteger sua saúde. Entenda mais sobre esse assunto!

Homem jovem com expressão de dor e as mãos sobre o abdômen, em frente a um fundo azul, sugerindo desconforto gastrointestinal.

O refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição comum em que o ácido do estômago retorna para o esôfago, causando irritação e inflamação. 

Afeta milhões de pessoas e, quando persistente, pode levar a complicações, como o esôfago de Barrett, que pode aumentar o risco de câncer de esôfago. É  importante lembrar que a maioria das pessoas com Barrett não irá desenvolver câncer. Nesses indivíduos o manejo adequado e a detecção precoce de condições pré-câncer são essenciais para evitar essa progressão. 

Neste artigo, abordaremos como o refluxo gastroesofágico causa danos ao esôfago e aumenta o risco de câncer, os sinais de alerta do esôfago de Barrett e sua relação com o câncer de esôfago. Leia até o final e saiba mais!

Como o refluxo gastroesofágico aumenta o risco de câncer

O refluxo gastroesofágico ocorre quando o esfíncter esofágico inferior não funciona corretamente, permitindo que o ácido gástrico suba para o esôfago. Isso pode levar a:

  • Inflamação crônica (esofagite), causando dor, azia e lesões na mucosa esofágica;
  • Alterações celulares ao longo do tempo, resultando em uma condição chamada esôfago de Barrett;
  • Nos casos em que o Barrett apresenta displasia acentuada, que é uma condição favorecedora para tumores, há aumento do risco de desenvolvimento de adenocarcinoma esofágico.

O contato constante com o ácido gástrico pode desencadear mutações celulares na mucosa do esôfago, tornando-o mais suscetível à transformação maligna. 

A presença de inflamação crônica favorece a regeneração celular desordenada, um dos fatores associados ao desenvolvimento do câncer.

Fatores como obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool podem agravar a condição, tornando a progressão para o câncer ainda mais provável. 

Os sinais de alerta do esôfago de Barrett

O esôfago de Barrett é uma complicação do refluxo gastroesofágico em que as células normais do esôfago são substituídas por células similares às do estômago e essas, por sua vez, ainda sofrem uma transformação (metaplasia) para células do tipo intestinal, aumentando o risco de câncer. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Azia frequente e persistente;
  • Regurgitação ácida;
  • Sensação de queimação na garganta;
  • Dificuldade para engolir (disfagia);
  • Rouquidão ou tosse crônica.

Embora o esôfago de Barrett não cause sintomas específicos além do refluxo, sua presença pode ser detectada por exames como a endoscopia digestiva alta com biópsia. A progressão para o adenocarcinoma esofágico pode ocorrer ao longo dos anos. Quando a displasia é acentuada o risco é maior.

O diagnóstico precoce permite a adoção de medidas preventivas, como o uso de medicamentos inibidores da bomba de prótons (IBPs) e mudanças no estilo de vida.

Estratégias para prevenir a progressão do refluxo gastroesofágico para o câncer

A prevenção é fundamental para evitar complicações graves do refluxo gastroesofágico. Algumas estratégias incluem:

  • Controle do peso: a obesidade aumenta a pressão abdominal e favorece o refluxo 
  • Mudanças na dieta: evitar alimentos gordurosos, frituras, café, álcool e refrigerantes que estimulam a acidez gástrica
  • Parar de fumar e reduzir o consumo de álcool: esses hábitos contribuem para a inflamação e lesões esofágicas
  • Uso de medicamentos: inibidores da bomba de prótons e antiácidos podem ajudar a reduzir a acidez e minimizar os danos ao esôfago
  • Monitoramento regular: quem tem esôfago de Barrett deve realizar exames periódicos para detectar qualquer alteração precoce

Além disso, em casos mais graves, procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos podem ser indicados para tratar o refluxo de forma definitiva e evitar sua progressão para doenças mais sérias.

Saiba mais: O Refluxo Gastroesofágico deve sempre ser operado?

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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