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Colectomia: entenda como funciona a cirurgia de câncer no intestino

Tempo de Leitura: 3 min
Atualizado em 17/03/2023
Sumário

A colectomia consiste na retirada total ou parcial do intestino grosso, órgão responsável pela absorção de água e formação final das fezes. Diversas condições, como câncer, diverticulite, obstrução etc., podem comprometer o intestino e necessitar dessa cirurgia. Entenda como funciona o procedimento!

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A colectomia consiste na remoção total ou parcial do intestino grosso (cólon), que pode ser necessária devido a diversas condições patológicas.

O intestino grosso é a porção final do intestino e do trato digestivo e sua principal função consiste na absorção de água e a consequente formação da consistência das fezes. Esse segmento é formado por algumas porções principais: o ceco, o cólon ascendente, o cólon transverso e o cólon sigmoide e o reto.

Saiba como funciona a colectomia e quais os cuidados necessários para realizar esse procedimento lendo este artigo!

Quando a colectomia é indicada?

A colectomia é indicada para tratamento de diversas doenças, incluindo:

  • Doença diverticular dos cólons;
  • Diverticulite complicada;
  • Câncer colorretal;
  • Complicações da doença inflamatória intestinal;
  • Obstrução intestinal;
  • Apendicite aguda (Raramente);
  • Megacólon;
  • Doença de Crohn.

No caso do câncer colorretal, a colectomia é o único tratamento curativo disponível, grande parte das vezes necessita de complementação com quimioterapia. No procedimento, realiza-se a retirada da porção intestinal em que o tumor se localiza e das regiões adjacentes onde se encontram os linfonodos.

Como funciona a colectomia?

Preparação

Para realização da colectomia, é necessária a preparação intestinal para que o intestino esteja vazio no momento do procedimento. 

Para isso, recomenda-se que alguns dias antes da cirurgia, o paciente ingira uma dieta leve e muita água. No dia anterior à cirurgia, deve-se ingerir apenas líquidos transparentes. Alguns estudos demonstraram que esse preparo não seria necessário, entretanto, a nosso ver, ajuda muito no procedimento.

Cirurgia aberta ou por vídeo

A colectomia pode ser total ou parcial. A colectomia total consiste na remoção de todo o intestino grosso, já na colectomia parcial apenas um segmento do intestino é retirado. 

A cirurgia pode ser realizada por via aberta ou por vídeo. As principais diferenças entre esses dois métodos é que a cirurgia por vídeo é menos invasiva, o que gera menor risco de complicações e menor tempo de recuperação do paciente.

Anastomose intestinal

Após a realização da colectomia, faz-se uma anastomose intestinal, ou seja, uma conexão da porção intestinal distal (mais próxima do reto) que restou após o procedimento com o intestino grosso ou delgado, dependendo do caso. O objetivo desta anastomose é restaurar o trânsito intestinal.

Colostomia

Outra opção é a realização de colostomia, que consiste na exteriorização do intestino na parede abdominal para a saída das fezes. A colostomia pode ser temporária ou permanente dependendo do caso do paciente.

A colostomia também pode ser realizada visando a cicatrização da porção intestinal abordada. Assim, as fezes saem pelo orifício na parede abdominal e o segmento do intestino que foi abordado na cirurgia ou a anastomose, se mantém protegidos na cavidade abdominal para uma boa recuperação. Após, quando possível, realiza-se a reconstrução do intestino por meio de outra cirurgia.

Quais as complicações imediatas e os cuidados necessários após a colectomia?

As possíveis complicações da colectomia incluem sangramento e infecção que devem ser contornados no pós-cirúrgico com medidas cirúrgicas, medicamentosas e não medicamentosas conforme o caso. A formação de coágulos nos membros inferiores e nas veias pélvicas pode levar à embolia pulmonar, por isso o paciente deve receber um anticoagulante no pós operatório.

O principal ponto que deve ser abordado após a alta do paciente é a alimentação. Em seguida da alta, o paciente deve ingerir dieta pobre em resíduos. A dieta pode ir aumentando de consistência nos primeiros 15 dias após a alta até retornar à alimentação normal após esse período.

Por ser uma cirurgia complexa, deve-se procurar um cirurgião qualificado e experiente para diminuir o risco de possíveis complicações e sintomas no pós-cirúrgico e ter uma ótima recuperação!

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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