A colectomia consiste na retirada total ou parcial do intestino grosso, órgão responsável pela absorção de água e formação final das fezes. Diversas condições, como câncer, diverticulite, obstrução etc., podem comprometer o intestino e necessitar dessa cirurgia. Entenda como funciona o procedimento!
A colectomia consiste na remoção total ou parcial do intestino grosso (cólon), que pode ser necessária devido a diversas condições patológicas.
O intestino grosso é a porção final do intestino e do trato digestivo e sua principal função consiste na absorção de água e a consequente formação da consistência das fezes. Esse segmento é formado por algumas porções principais: o ceco, o cólon ascendente, o cólon transverso e o cólon sigmoide e o reto.
Saiba como funciona a colectomia e quais os cuidados necessários para realizar esse procedimento lendo este artigo!
A colectomia é indicada para tratamento de diversas doenças, incluindo:
No caso do câncer colorretal, a colectomia é o único tratamento curativo disponível, grande parte das vezes necessita de complementação com quimioterapia. No procedimento, realiza-se a retirada da porção intestinal em que o tumor se localiza e das regiões adjacentes onde se encontram os linfonodos.
Para realização da colectomia, é necessária a preparação intestinal para que o intestino esteja vazio no momento do procedimento.
Para isso, recomenda-se que alguns dias antes da cirurgia, o paciente ingira uma dieta leve e muita água. No dia anterior à cirurgia, deve-se ingerir apenas líquidos transparentes. Alguns estudos demonstraram que esse preparo não seria necessário, entretanto, a nosso ver, ajuda muito no procedimento.
A colectomia pode ser total ou parcial. A colectomia total consiste na remoção de todo o intestino grosso, já na colectomia parcial apenas um segmento do intestino é retirado.
A cirurgia pode ser realizada por via aberta ou por vídeo. As principais diferenças entre esses dois métodos é que a cirurgia por vídeo é menos invasiva, o que gera menor risco de complicações e menor tempo de recuperação do paciente.
Após a realização da colectomia, faz-se uma anastomose intestinal, ou seja, uma conexão da porção intestinal distal (mais próxima do reto) que restou após o procedimento com o intestino grosso ou delgado, dependendo do caso. O objetivo desta anastomose é restaurar o trânsito intestinal.
Outra opção é a realização de colostomia, que consiste na exteriorização do intestino na parede abdominal para a saída das fezes. A colostomia pode ser temporária ou permanente dependendo do caso do paciente.
A colostomia também pode ser realizada visando a cicatrização da porção intestinal abordada. Assim, as fezes saem pelo orifício na parede abdominal e o segmento do intestino que foi abordado na cirurgia ou a anastomose, se mantém protegidos na cavidade abdominal para uma boa recuperação. Após, quando possível, realiza-se a reconstrução do intestino por meio de outra cirurgia.
As possíveis complicações da colectomia incluem sangramento e infecção que devem ser contornados no pós-cirúrgico com medidas cirúrgicas, medicamentosas e não medicamentosas conforme o caso. A formação de coágulos nos membros inferiores e nas veias pélvicas pode levar à embolia pulmonar, por isso o paciente deve receber um anticoagulante no pós operatório.
O principal ponto que deve ser abordado após a alta do paciente é a alimentação. Em seguida da alta, o paciente deve ingerir dieta pobre em resíduos. A dieta pode ir aumentando de consistência nos primeiros 15 dias após a alta até retornar à alimentação normal após esse período.
Por ser uma cirurgia complexa, deve-se procurar um cirurgião qualificado e experiente para diminuir o risco de possíveis complicações e sintomas no pós-cirúrgico e ter uma ótima recuperação!