O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, causando azia, regurgitação, dor no peito, entre outros sintomas. O diagnóstico se dá a partir da história médica e a realização de exames, como endoscopia, Manometria e pHmetria. Entenda como funciona e quando a cirurgia pode ser necessária.
O refluxo gastroesofágico consiste em um distúrbio digestivo em que o conteúdo do estômago retorna para o esôfago, em vez de permanecer no estômago.
Esse retorno pode causar uma sensação de queimação no peito, conhecida como azia, bem como outros sintomas como regurgitação, dor de garganta, tosse seca e dificuldade para engolir.
No geral, as principais consequências do refluxo gastroesofágico são os sintomas, que podem prejudicar o dia a dia do indivíduo. Porém, se não for abordado e tratado precocemente, essa condição também pode levar a doenças mais sérias, como o Esôfago de Barrett. Saiba mais sobre essa condição clicando aqui.
Nesse artigo abordaremos detalhes sobre o refluxo gastroesofágico, como suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento. Leia até o final e entenda como essa doença se desenvolve!
O refluxo gastroesofágico pode ser causado por várias condições ou fatores, como:
Ocorre quando parte do estômago sobe para o tórax através de uma abertura no diafragma, que é o músculo que separa o abdômen do tórax.
A válvula muscular localizada entre o esôfago e o estômago pode ficar enfraquecida e não fechar corretamente, permitindo que o ácido do estômago volte para o esôfago.
O excesso de peso aumenta a pressão abdominal e piora os sintomas de refluxo gastroesofágico.
Durante a gravidez, os níveis de progesterona aumentam e relaxam os músculos do trato gastrointestinal, o que pode levar ao refluxo.
As cirurgias plásticas abdominais em geral causam também um aumento da pressão no abdomen favorecendo muito os quadros de refluxo, principalmente quando o paciente engorda após a operação.
Esses hábitos podem irritar o revestimento do esôfago e relaxar a válvula muscular entre o esôfago e o estômago. Além disso, são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de esôfago. Saiba mais sobre isso clicando aqui.
Alimentos que são gordurosos, fritos, picantes ou ácidos podem irritar o revestimento do esôfago e desencadear sintomas de refluxo gastroesofágico. Os alimentos muito gordurosos e excessivamente doces também retardam o esvaziamento do estômago e, como o alimento permanece mais tempo dentro do estômago, tem mais chance de voltar (refluir) para o esôfago.
Alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), relaxantes musculares e medicamentos para hipertensão, podem agravar o refluxo gastroesofágico.
Os sintomas do refluxo gastroesofágico variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
É importante ressaltar que os sintomas do refluxo gastroesofágico podem ser semelhantes aos de outras doenças. Por isso, a busca por atendimento médico para realizar o diagnóstico é essencial.
O diagnóstico do refluxo gastroesofágico pode ser clínico, ou seja, feito com base nos sintomas e histórico do paciente.
Em geral se recorre à realização de exames para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da doença, como:
O tratamento do refluxo gastroesofágico depende da gravidade dos sintomas, da frequência e da duração do refluxo.
A maioria das pessoas com doença leve a moderada pode aliviar os sintomas com mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos.
Em casos mais graves ou que não respondem a outras medidas, a cirurgia pode ser necessária.
A seguir estão algumas opções de tratamento para o RGE:
Emagrecer, se estiver acima do peso, é um dos fatores que mais contribuem para a melhora. Evitar alimentos que podem piorar os sintomas do refluxo gastroesofágico pode ajudar a aliviar os sintomas. Também é recomendado evitar comer grandes refeições antes de dormir, e evitar o tabagismo.
Há vários medicamentos disponíveis para tratar o refluxo gastroesofágico, incluindo antiácidos, bloqueadores de ácido e inibidores da bomba de prótons.
Em casos graves de refluxo gastroesofágico que não respondem a outras medidas, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento mais comum é a fundoplicatura, em que se envolve a parte inferior do esôfago com o fundo do estômago criando uma válvula muscular.
É importante discutir as opções de tratamento com um médico especialista para determinar a melhor conduta para cada indivíduo!