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Esofagectomia: como funciona o procedimento e quando é indicado?

Tempo de Leitura: 4 min
Atualizado em 31/07/2023
Sumário

A esofagectomia é uma cirurgia realizada para remover parte ou todo o esôfago em casos de câncer de esôfago, lesões traumáticas ou outras condições. O procedimento pode ser realizado por cirurgia aberta ou por vídeo. Os cuidados pós-operatórios incluem repouso, nutrição e acompanhamento. Clique aqui e tire as suas dúvidas!

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A esofagectomia consiste em um procedimento cirúrgico utilizado para tratar diferentes condições que afetam o esôfago, como câncer, lesões traumáticas, doença do refluxo gastroesofágico, entre outras. 

Embora a esofagectomia seja uma cirurgia complexa e com potenciais riscos, ela pode oferecer diversos benefícios para os pacientes, como a prevenção da progressão da doença e a melhora da qualidade de vida. 

Neste artigo, explicaremos detalhes sobre a esofagectomia, como suas indicações e o funcionamento do procedimento, assim como os riscos e cuidados necessários após a cirurgia. Leia até o final e tire as suas dúvidas! 

O que é a esofagectomia?

A esofagectomia é uma cirurgia que envolve a remoção total ou parcial do esôfago, que é um tubo muscular que conecta a garganta ao estômago. O objetivo desse procedimento é remover o esôfago doente ou danificado e reconstruir o trato gastrointestinal para permitir a passagem de alimentos e líquidos do esôfago para o estômago.

Quais as indicações da esofagectomia?

A esofagectomia é indicada para tratar uma variedade de doenças que afetam o esôfago, como:

  • Câncer de esôfago: a esofagectomia pode ser necessária para remover todo ou parte do esôfago quando há a presença de câncer
  • Lesões traumáticas: nesses casos, como em lesões por ingestão de produtos químicos corrosivos, pode-se necessitar realizar esofagectomia 
  • Doença do refluxo gastroesofágico: a esofagectomia pode ser indicada para corrigir o refluxo ácido e prevenir complicações, como o esôfago de Barrett
  • Estenose esofágica: é uma condição na qual o esôfago se estreita, dificultando a passagem de alimentos, assim, a esofagectomia pode ser necessária
  • Outras condições: a esofagectomia também pode ser indicada em caso de divertículos, tumores benignos e distúrbios motores do esôfago como o megaesôfago

Importante ressaltar que cada caso é único e as indicações para a esofagectomia variam conforme a gravidade da doença e as condições de saúde do paciente. 

Assim, deve-se solicitar uma avaliação cuidadosa de um médico especialista para determinar junto com o paciente e sua família a melhor conduta frente ao caso.

Como funciona a esofagectomia?

Existem três tipos principais de esofagectomia, descritas a seguir:

  • Esofagectomia transtorácica: nesse tipo, o cirurgião faz uma incisão no tórax do paciente para remover a parte afetada do esôfago e os linfonodos próximos
  • Esofagectomia transabdominal: nesse tipo, a incisão é feita no abdome e a parte afetada do esôfago é removida juntamente com uma porção do estômago
  • Esofagectomia híbrida: já neste tipo, o procedimento combina elementos da esofagectomia transtorácica e transabdominal
  • Essas operações podem ser feitas por via convencional, ou seja com incisões normais, ou utilizando-se a cirurgia minimamente invasiva, seja por vídeo ou com auxílio dos robôs cirúrgicos. 

A escolha do tipo de esofagectomia dependerá da extensão da doença, das condições de saúde do paciente e da preferência do cirurgião.

Após a cirurgia, a reconstrução do trato gastrointestinal é realizada para permitir que os alimentos e líquidos possam passar do esôfago para o estômago. 

Isso pode envolver a conexão do estômago diretamente ao pequeno segmento restante do esôfago na região do pescoço, a utilização de um pedaço do intestino para reconstruir o esôfago ou outras técnicas dependendo do caso.

A esofagectomia é uma cirurgia complexa e requer internação hospitalar por alguns dias ou semanas. Os pacientes geralmente recebem anestesia geral e podem precisar de um tubo de alimentação temporário para auxiliar na recuperação.

Quais os riscos da esofagectomia?

A esofagectomia é uma cirurgia de grande porte pode envolver riscos e complicações potenciais, assim como qualquer outra cirurgia, como:

  • Sangramento: durante e/ou após o procedimento
  • Infecção: no local da incisão ou em outras partes do corpo
  • Lesão de órgãos vizinhos: como pulmão, traqueia, diafragma, estômago ou fígado
  • Estenose: o trato gastrointestinal reconstruído pode estreitar, dificultando a passagem de alimentos
  • Problemas respiratórios: principalmente em pacientes com doenças pulmonares pré-existentes
  • Problemas com a alimentação: a cirurgia pode afetar a capacidade do paciente de comer e beber, exigindo que ele necessite de um tubo de alimentação

É importante que os pacientes sigam as instruções de recuperação e sejam acompanhados por um médico após o procedimento para diminuir o risco de complicações.

Quais os cuidados após a esofagectomia?

Os cuidados após a esofagectomia podem variar dependendo do tipo de cirurgia realizada e das complicações que possam ter ocorrido durante ou após o procedimento. No entanto, alguns cuidados gerais incluem:

  • Repouso: o paciente deve descansar após a cirurgia e evitar atividades físicas intensas por algumas semanas
  • Alimentação: o paciente pode precisar de uma sonda de alimentação nas primeiras semanas após a cirurgia para receber nutrição adequada e permitir que o trato gastrointestinal se recupere
  • Cuidados com a incisão: o paciente deve manter a incisão limpa e seca e trocar o curativo regularmente
  • Exercícios respiratórios: o paciente pode ser orientado a fazer exercícios respiratórios para prevenir complicações pulmonares 
  • Acompanhamento médico: o paciente deve comparecer a todas as consultas de acompanhamento e cuidar quaisquer sinais de complicações
  • Apoio emocional: o paciente pode precisar de apoio emocional de amigos, familiares ou profissionais de saúde para lidar com o estresse e a ansiedade

Caso você tenha algum familiar ou conhecido que possa necessitar de uma esofagectomia, incentive essa pessoa a procurar um Cirurgião do Aparelho Digestivo qualificado para realizar o procedimento de forma segura.

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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