O câncer de intestino é um dos mais comuns, tanto em homens quanto em mulheres. Ele tem potencial para metástase, mas é passível de cura, em especial quando descoberto de maneira precoce. Além disso, podem ser adotadas medidas preventivas para evitar a manifestação da doença, e uma delas está relacionada à ingestão adequada de fibras.
A alimentação do ser humano oferece dois tipos diferentes de fibra: as solúveis e as insolúveis. Ambas são benéficas para a saúde intestinal, agindo de diferentes maneiras no organismo. Um dos benefícios que elas proporcionam é a regulação do trânsito intestinal.
As fibras solúveis fazem a captação de água e favorecem a fermentação, o que estimula a proliferação de bactérias benignas. Elas contribuem para o bom funcionamento intestinal e favorecem a frequência adequada de evacuações. Essas bactérias, além de manter a flora intestinal equilibrada, ajudam a aumentar as defesas do organismo.
As fibras insolúveis ajudam aumentar o bolo fecal, e isso facilita a eliminação dele prevenindo os quadros de constipação. Por isso as fibras podem contribuir para a prevenção do câncer de intestino. Afinal, a doença está relacionada aos maus hábitos intestinais.
Isso acontece porque quando as evacuações não acontecem em uma frequência adequada, há um contato prolongado de substâncias nocivas com as paredes intestinais, favorecendo os quadros de câncer. Além disso, o bom funcionamento do intestino ajuda na prevenção de doenças que são precursoras dos tumores malignos, como os pólipos intestinais.
Um adulto saudável deve consumir cerca de 25 a 30 gramas de fibras por dia. Essa não é uma meta difícil de ser alcançada, uma vez que alimentos que já fazem parte da mesa dos brasileiros são ricos nesse nutriente.
O feijão, por exemplo, tem uma boa quantidade de fibras. O prato fica ainda mais saudável quando combinamos feijão com arroz integral. Outras leguminosas, como ervilha, grão-de-bico, soja e lentilha também são fontes de fibra.
Entre os vegetais, para compor uma refeição saudável, podemos obter a fibra na alface, no agrião, brócolis, abobrinha, batata doce, cebola, cenoura, milho verde, tomate, vagem, escarola, acelga, entre muitos outros.
Para consumir massas, vale acrescentar ao cardápio produtos integrais. As farinhas e farelos de aveia, arroz, milho, trigo, centeio e linhaça podem ser utilizadas no preparo de pratos doces e salgados, incluindo macarrão, tortas, pães, biscoitos e bolos.
Não podemos esquecer que as frutas também são muito ricas em fibras, dando preferência para o seu consumo in natura. Elas podem compor o cardápio dos lanches entre as refeições, ser acrescentadas ao café da manhã ou em outros momentos do dia.
Ameixa, amora, abacate, abacaxi, banana, goiaba, laranja com bagaço, maçã com casca, mamão, melão, melancia, maracujá, pera com casca, pêssego com casca, uvas e manga são alguns exemplos de ótimas fontes de fibras.
Não podemos, entretanto, esquecer que as fibras trabalham em conjunto com a água. Sendo assim, é fundamental manter o organismo bem hidratado para que o intestino mantenha o funcionamento regular e a prevenção do câncer intestinal seja ainda mais completa.
A prevenção do câncer de intestino é feita por meio da adoção de hábitos mais saudáveis. Além de manter uma dieta equilibrada e rica em fibras, é importante evitar o tabagismo e manter o peso corporal dentro de limites saudáveis.
A prática regular de atividades físicas também auxilia no bom funcionamento do intestino e na eliminação de toxinas que poderiam favorecer a doença. Evitar o excesso de gorduras, condimentos, corantes, carnes vermelhas e processadas, entre outros alimentos industrializados, são outras formas de evitar a doença.
Por fim, a hereditariedade é um dos fatores de risco para o câncer de intestino. Logo, pacientes com histórico familiar precisam de um acompanhamento mais próximo. Também aqueles com maior suscetibilidade devido à presença de pólipos e de doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.