Câncer de esôfago: conheça os fatores de risco e o tratamento
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Atualizado em 30/08/2023
Sumário
Descubra quais são os fatores associados ao câncer de esôfago e as opções de tratamento disponíveis. Embora ainda não haja uma cura definitiva, as terapias vêm melhorando para proporcionar controle dos sintomas e remissão da doença. Clique aqui e tire suas dúvidas!
O câncer de esôfago é uma condição grave que afeta a saúde do sistema digestivo, mais especificamente o esôfago, órgão tubular responsável por conduzir os alimentos da boca até o estômago.
Esse tipo de câncer é conhecido por suas características agressivas e, muitas vezes, é diagnosticado em estágios avançados.
Neste artigo, vamos explorar o câncer de esôfago, dando destaque para os fatores de risco e opções de tratamento, mas também iremos abordar quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico. Leia até o final e conheça!
Quais os principais fatores de risco associados ao câncer de esôfago?
Vários fatores de risco têm sido associados ao desenvolvimento do câncer de esôfago. Alguns dos principais incluem:
Tabagismo e consumo de álcool: são os dois fatores de risco mais significativos para o câncer de esôfago, pois ambos podem irritar o revestimento interno do esôfago, tornando-o mais suscetível a danos;
Refluxo gastroesofágico (DRGE): essa doença causa o retorno do ácido do estômago para o esôfago, o que pode aumentar o risco de câncer de esôfago devido aos danos ao revestimento desse órgão;
Obesidade: está associada a um maior risco de diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de esôfago. Nesse caso o aumento da pressão no abdome aumenta o refluxo e favorece o câncer nas partes finais do esôfago;
Dieta: uma alimentação pobre em frutas e vegetais, associada a altas quantidades de alimentos processados e carne vermelha, pode aumentar as chances de desenvolver câncer de esôfago
Histórico familiar: pessoas com histórico familiar de câncer de esôfago têm um risco ligeiramente maior de desenvolver a doença.
Que sintomas o câncer de esôfago pode gerar?
Os sintomas do câncer de esôfago podem variar e, muitas vezes, são inespecíficos nos estágios iniciais. Alguns dos sintomas mais comuns são:
Dificuldade para engolir: é um sintoma característico que aumenta conforme o tumor cresce, podendo dificultar a passagem dos alimentos pelo esôfago;
Dor ou desconforto: dor torácica ou no peito, frequentemente confundida com azia, é outra manifestação comum, sendo que, conforme o tumor cresce, a dor pode aumentar;
Perda de peso inexplicada: o câncer de esôfago pode levar à perda de peso significativa devido à dificuldade em comer e ao impacto da doença no organismo;
Rouquidão ou mudanças na voz: à medida que o câncer se desenvolve, pode afetar as estruturas próximas, como os nervos que inervam as cordas vocais.
Como é feito o diagnóstico de câncer de esôfago?
O diagnóstico do câncer de esôfago envolve uma combinação de avaliação da história clínica e realização de exames e médicos, como:
Endoscopia: nesse procedimento, um tubo flexível com uma câmera é inserido pela garganta para examinar diretamente o esôfago e colher amostras de tecido para biópsia;
Tomografia computadorizada (TC): pode fornecer imagens do esôfago e dos tecidos circundantes, ajudando a determinar o tamanho e a extensão do tumor;
Ultrassonografia endoscópica: combina uma endoscopia com ultrassom, permitindo que os médicos avaliem a profundidade da invasão do tumor nas camadas do esôfago.
Como funciona o tratamento do câncer de esôfago?
As opções de tratamento para o câncer de esôfago dependem do estágio da doença e da saúde geral do paciente. Algumas abordagens comuns incluem:
Cirurgia: a remoção cirúrgica do tumor e, possivelmente, parte do esôfago afetado é uma opção em estágios iniciais;
Radioterapia: a radiação é usada para destruir as células cancerígenas ou reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia;
Quimioterapia: medicamentos anticancerígenos são administrados para eliminar as células cancerígenas ou diminuir o crescimento do tumor;
Terapia alvo e imunoterapia: essas terapias mais recentes visam alvos específicos nas células cancerígenas ou fortalecem o sistema imunológico para combater o câncer;
Cuidados paliativos: em casos avançados, quando a cura não é possível, os cuidados paliativos visam melhorar a qualidade de vida, aliviando os sintomas e o desconforto.
Os tratamentos disponíveis têm melhorado significativamente ao longo dos anos e podem proporcionar remissão da doença ou controle dos sintomas em muitos pacientes.
Em conclusão, o câncer de esôfago é uma doença complexa com fatores de risco bem definidos. É importante conhecer esses fatores e com isso realizar a prevenção, sobretudo diminuindo álcool e fumo. Quando a doença já está instalada, identificar os sintomas e buscar atendimento médico para um diagnóstico precoce.
Dr. Paulo Kassab
CRM: 42.138
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.