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Epidemiologia do Câncer Gástrico: incidência, fatores de risco e importância do diagnóstico precoce

Tempo de Leitura: 3 min
Atualizado em 10/01/2025
Sumário

O câncer do estômago (ou câncer gástrico) é principalmente prevalente em países em desenvolvimento, tendo suas causas ligadas a dietas inadequadas e infecção por H. pylori. Aqui abordaremos apenas o câncer conhecido como adenocarcinoma. Saiba mais sobre sua incidência, fatores de risco como hábitos alimentares e ambientais, e como a detecção precoce melhora o prognóstico. Entenda mais sobre esse assunto!

Imagem detalhada de uma representação 3D de um tumor vascularizado em tecido, destacando vasos sanguíneos vermelhos entrelaçados.

O câncer gástrico, uma das neoplasias mais comuns, afeta principalmente homens em países em desenvolvimento e apresenta aumento significativo com a idade. 

Apesar do declínio global na sua incidência, devido a melhorias na conservação de alimentos e mudanças dietéticas, essa doença permanece um problema crítico de saúde pública no Brasil. 

Fatores como o consumo de alimentos defumados e conservados na salga, infecção por Helicobacter pylori e hábitos alimentares inadequados continuam sendo determinantes. 

Neste artigo, abordaremos a incidência global e regional, os principais fatores de risco e a importância do diagnóstico precoce. Leia até o final e saiba mais!

Incidência do Câncer Gástrico: por que ele ainda é tão prevalente?

A incidência do câncer gástrico apresenta diferenças marcantes entre regiões desenvolvidas e em desenvolvimento. 

Enquanto países desenvolvidos registram queda significativa nos casos devido a avanços como refrigeração de alimentos e maior consumo de vegetais frescos, em países em desenvolvimento, essa neoplasia permanece entre as mais frequentes.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que, para cada ano do triênio 2023-2025, seriam diagnosticados 21.480 novos casos de câncer de estômago, sendo 13.340 em homens e 8.140 em mulheres.

Em 2021, o câncer gástrico foi responsável por 9.007 óbitos entre os homens brasileiros, representando 7,5% das mortes por câncer.

Fatores que influenciam a incidência incluem:

  • Maior prevalência em áreas frias, onde o armazenamento inadequado de alimentos defumados e ricos em conservantes é comum.
  • Aumento do risco com a idade, especialmente em homens.
  • Declínio da incidência global relacionado à maior conscientização sobre hábitos alimentares saudáveis e tecnologias modernas de armazenamento.

Embora a mortalidade tenha diminuído nas últimas décadas, principalmente em decorrência de avanços no diagnóstico precoce, o câncer gástrico ainda representa um grave problema de saúde pública, exigindo atenção especial em regiões com altos índices de incidência.

O que aumenta o risco de Câncer Gástrico? Descubra os vilões por trás dessa patologia

O câncer gástrico é influenciado por uma combinação de fatores ambientais, genéticos e comportamentais. Entre os principais fatores de risco estão:

  • Dieta inadequada: Consumo elevado de alimentos defumados, conservados com sal ou preservados com nitratos, ricos em substâncias carcinogênicas.
  • Infecção por Helicobacter pylori: Essa bactéria, associada à gastrite crônica e úlceras gástricas, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico.
  • Genética: Histórico familiar da doença eleva o risco consideravelmente, especialmente em famílias com múltiplos casos.
  • Hábitos de vida: Tabagismo e consumo excessivo de álcool são agravantes.

Além disso, fatores como a idade avançada, sexo masculino e condições pré-existentes, como gastrite atrófica ou anemia perniciosa, aumentam a susceptibilidade ao câncer gástrico. As práticas de prevenção incluem:

  • Adoção de uma dieta rica em frutas e vegetais frescos, fontes de vitaminas antioxidantes como A, C e E.
  • Redução do consumo de alimentos processados e ricos em sal.
  • Tratamento da infecção por H. pylori em estágios iniciais.

Compreender esses fatores é essencial para reduzir a incidência e a mortalidade associadas à doença.

Diagnóstico precoce: o aliado que pode salvar vidas no Câncer Gástrico

O diagnóstico precoce do câncer gástrico é fundamental para garantir um melhor prognóstico e maiores chances de cura. 

Muitas vezes, os sintomas iniciais, como dispepsia, são negligenciados ou mascarados por medicamentos, atrasando o diagnóstico. 

A endoscopia é considerada o padrão-ouro para a detecção de lesões gástricas, especialmente em pacientes de risco.

Para melhorar os índices de detecção precoce, algumas estratégias incluem:

  • Monitoramento de sintomas: Desconforto abdominal persistente, perda de peso inexplicada e anemia devem ser investigados.
  • Exames regulares: Em pessoas com histórico familiar, infecção por H. pylori ou fatores de risco, a endoscopia preventiva pode identificar lesões precoces.
  • Evitar automedicação: O uso indiscriminado de bloqueadores gástricos pode mascarar sintomas importantes, retardando o diagnóstico.

Lesões diagnosticadas precocemente podem ser tratadas com intervenções menos invasivas e maior taxa de sucesso. 

A conscientização sobre os sintomas e a importância de exames regulares são essenciais para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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