Pacientes que tiveram o estômago removido, seja total ou parcialmente, enfrentam desafios únicos em relação à sua nutrição. Essa intervenção cirúrgica traz consigo mudanças significativas na fisiologia do corpo, demandando cuidados específicos para manter uma alimentação equilibrada e preservar a saúde.
Neste texto, abordamos a importância do estômago na digestão, destacando cuidados após sua remoção. Incluindo orientações nutricionais, reposição de nutrientes e considerações específicas para mulheres em idade reprodutiva. Confira!
O estômago desempenha um papel crucial no início da digestão, amassando o alimento e proporcionando um ambiente ácido. Para aqueles que não possuem o estômago, a mastigação adequada torna-se essencial para garantir a correta trituração dos alimentos.
Certos alimentos devem ser evitados, como é o caso do bagaço branco da laranja, que, se não for mastigado devidamente, pode causar obstruções intestinais.
Outros aspectos demandam atenção especial; por exemplo, a absorção da vitamina B12 é comprometida após cirurgias de estômago, devido à falta de um fator essencial para esse processo. Assim, indivíduos que passaram por essa intervenção cirúrgica devem buscar a reposição da vitamina B12 ou, no mínimo, monitorar seus níveis de forma contínua ao longo da vida.
Outro ponto relevante é o ferro, presente nas carnes vermelhas, peixes, frango, entre outros. Após a operação do estômago, a absorção desse mineral torna-se inadequada devido à ausência do ácido necessário para o processo.
Indivíduos que passaram por essa intervenção cirúrgica devem incluir em sua dieta fontes ricas em ferro, como carnes vermelhas, peixes e frango. Sempre que consumirem alimentos com alto teor de ferro, é recomendável ingerir algo ácido para facilitar a absorção.
Para aqueles que não apreciam carne vermelha, é possível cozinhar em uma panela de ferro. Esse método permite a incorporação do ferro nos alimentos, sendo absorvido mais eficientemente quando combinado com alguma substância ácida.
Mulheres em idade reprodutiva que ainda menstruam precisam ter cautela em relação à perda de ferro, que ocorre mensalmente e é agravada pela condição pós-operatória no estômago.
Além disso, essas mulheres devem monitorar o consumo de vitamina D, evitando excessos, e cuidar da ingestão de cálcio, prevenindo possíveis deficiências no futuro.