O câncer esofágico é aquele que se desenvolve no esôfago, órgão com formato tubular que transporta os alimentos da garganta até o estômago. Não é um tipo muito comum de câncer, entretanto, pode apresentar um crescimento rápido. Geralmente, quando ele é diagnosticado, a doença já se disseminou para outros órgãos.
A prevalência de câncer esofágico no Brasil coloca a doença o 6º tipo mais frequente entre os homens e o 15º entre as mulheres. Assim, é possível perceber que esse problema acomete de uma forma mais intensa a população masculina.
O tipo mais frequente registrado é o carcinoma epidermoide escamoso, que representa cerca de 96% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
O diagnóstico precoce do câncer esofágico é dificultado porque essa doença não manifesta sintomas quando em estágio inicial. Conforme ela progride, pode provocar:
Quando há dificuldade para engolir, geralmente o câncer esofágico já se encontra em um estágio mais avançado. No começo, o indivíduo tem mais dificuldade para engolir alimentos sólidos, mas conforme a doença avança essa dificuldade progride para os alimentos pastosos e para os líquidos, o que provoca dificuldade para se alimentar e leva à perda de peso.
O diagnóstico do câncer de esôfago é obtido por meio da avaliação interna do órgão, o que é feita através da endoscopia digestiva alta. Ela permite visualizar os tecidos esofagianos e, na mesma ocasião, realizar uma biópsia.
Nesse exame, são coletadas pequenas amostras de tecido para serem examinadas em laboratório, a fim de verificar a presença de células malignas. Quando confirmada a doença, também é solicitada uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética. O intuito é verificar se houve metástase.
O protocolo de tratamento do câncer esofágico depende do estágio em que a doença se encontra. Quando ela ainda está restrita ao esôfago, a cirurgia é a mais recomendada para fazer a remoção do tumor.
Quando o câncer não pode ser removido por completo, também são realizadas sessões posteriores de radioterapia, a fim de eliminar as células doentes. Essa medida pode ser realizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor.
Sessões de quimioterapia podem ser feitas, inclusive em combinação com a radioterapia antes ou depois da cirurgia, com o intuito de reduzir o tamanho do tumor ou aumentar as chances de cura. Nos estágios mais avançados da doença, quando a cura já não é possível, é adotado o tratamento paliativo.
Ele contribui para minimizar os sintomas, como a dificuldade para engolir, o que reduz os desconfortos, traz mais qualidade de vida e amplia a sobrevida. Outros métodos paliativos estão as dilatações endoscópicas, a braquiterapia e a implantação de próteses auto-expansivas. Essa última técnica impede o estreitamento do esôfago, mantendo a passagem dos alimentos.
Fatores de risco são condições que favorecem o desenvolvimento do câncer esofágico. Pessoas que se encontram em determinados grupos têm uma suscetibilidade maior para a doença, por isso, precisam de acompanhamento ou de atenção intensa às medidas preventivas.
Esses fatores que aumentam o risco da doença são:
As medidas preventivas contra o câncer esofágico são aquelas que visam diminuir o risco. Portanto, é essencial evitar o consumo de bebidas alcoólicas, assim como de bebidas muito quentes, e se abster do tabaco. Deve ser mantido um peso corporal saudável e relações sexuais seguras.
Outra medida importante é identificar a doença do refluxo gastroesofágico e fazer o tratamento, a fim de evitar lesões no tecido esofagiano. O retorno do conteúdo estomacal provoca lesões frequentes no esôfago e causa alterações nas células saudáveis, favorecendo o câncer.
A detecção precoce do câncer esofágico é importante para aumentar suas chances de cura. Por isso, é essencial procurar ajuda médica em caso de sintomas como azia, queimação, indigestão e inflamações frequentes na garganta, que são alterações típicas do refluxo.