O câncer gástrico é aquele que afeta o estômago.
A doença se caracteriza pela proliferação desordenada das células que compõem os tecidos da parede do estomacal. Esse crescimento descontrolado faz com que essas células gradativamente substituam as saudáveis, levando à formação de lesões no revestimento interno do estômago
A lesão é visivelmente elevada e apresenta irregularidades. Em determinados casos, é similar a uma verruga e pode apresentar uma úlcera no ponto mais alto. Existem diferentes tipos de câncer gástrico, como o adenocarcinoma, o linfoma e o sarcoma.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a maior parte dos casos são adenocarcinoma, responsável por cerca de 95% deles. A prevalência de câncer gástrico no Brasil coloca essa doença como a quarta que mais acomete a população masculina e a sexta que mais acomete a população feminina.
O câncer gástrico não costuma manifestar sintomas específicos. Os sinais que são similares àqueles que problemas benignos também podem causar, como uma gastrite ou uma úlcera. Assim, é preciso ter atenção com esses sintomas para que sejam investigados. São eles:
Os sangramentos agudos não são frequentes nos quadros de câncer gástrico, porém, pode haver perda de sangue silenciosa e ocorrer vômito com sangue e também a presença de sangue nas fezes, assim como fezes pastosas ou escurecidas e com odor forte.
Em estágios mais avançados da doença, podem ser percebidos:
Na suspeita de câncer gástrico, são feitos exames iniciais para uma investigação que ajudará a eliminar essa suspeita ou confirmar o quadro. É realizada uma endoscopia digestiva alta e, na mesma ocasião, a biópsia, com retirada de algumas amostras de tecido para análise laboratorial.
Quando confirmado o diagnóstico de câncer gástrico, é solicitada uma tomografia computadorizada ou a ultrassonografia endoscópica, para avaliar a localização exata e a extensão da doença.
O tratamento do câncer gástrico depende do tipo da doença e também da sua extensão. A cirurgia é o procedimento mais comumente adotado. Ela é feita com o objetivo de retirar parte do estômago ou ele por completo, o que depende das características da doença.
Normalmente realiza-se também sessões de quimioterapia antes da cirurgia, quando o tumor já não está mais em estágios iniciais. Essa medida aumenta as chances de cura. Alguns pacientes precisam de sessões de radioterapia após a cirurgia para eliminar todas as células anormais.
No caso de linfoma gástrico, a cirurgia raramente é empregada, e o tratamento com anticorpos monoclonais, quimioterapia ou a radioterapia são utilizados. Em alguns casos o tratamento da infecção pela Helicobacter pylori pode fazer a doença desaparecer.
Nos quadros de metástase ou para pacientes inoperáveis, o tratamento é paliativo, realizado com o intuito de minimizar sintomas e melhorar a qualidade de vida. A terapia adotada depende das condições físicas do paciente, dos sintomas que ele manifesta e das características da doença.
Fatores de risco são condições externas ou internas que favorecem a manifestação do câncer gástrico. Entretanto, não significa que a pessoa de fato vai desenvolver a doença. Quando o indivíduo está em um grupo de risco ele apresenta maior suscetibilidade para o problema, por isso, é preciso uma atenção maior às medidas preventivas.
Um dos principais fatores de risco para o câncer gástrico é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori. O segundo grande fator de risco é o histórico familiar da doença. Também oferecem um risco aumentado:
A prevenção do câncer gástrico é feita por meio da adoção de hábitos mais saudáveis. É muito importante manter o peso corporal dentro de limites saudáveis, evitar o tabaco e o consumo de bebidas alcoólicas.
Também é essencial manter uma alimentação nutritiva e balanceada, evitando o excesso de sal e dando preferência para alimentos vegetais, ricos em fibras e sobretudo os cítricos, ricos em vitamina C.Problemas digestivos e sintomas gástricos devem ser investigados o quanto antes para, se necessário, iniciar um tratamento e evitar problemas que podem levar ao câncer. Isso ainda possibilita o diagnóstico precoce da doença, caso esteja em curso, favorecendo a cura. Jamais tomar os medicamentos para gastrite ou úlcera sem fazer uma endoscopia.