As terapias ablativas representam um avanço importante no tratamento de tumores do tubo digestivo. Utilizando calor, frio, substâncias químicas ou radioativas, essas técnicas permitem destruir o câncer de forma menos invasiva, muitas vezes sem a necessidade de cirurgia aberta.
Conheça nesse texto os principais tipos de ablação, como funcionam e suas aplicações mais comuns no aparelho digestivo.
As terapias de ablação, também chamadas de técnicas ablativas, são formas de tratamento que utilizam calor, frio, substâncias químicas ou radioativas para destruir tumores, sem a necessidade de cirurgia aberta. Essas técnicas são cada vez mais utilizadas no combate ao câncer, especialmente no aparelho digestivo.
No tubo digestivo, a técnica de ablação mais frequente é a radiofrequência, aplicada principalmente para destruir tecidos no esôfago distal e em algumas regiões do estômago.
O método mais comum é a ablação por radiofrequência, que utiliza ondas de rádio de alta frequência para aquecer o tumor e destruir as células cancerígenas. Outra técnica bastante usada é a injeção de álcool ou etanol diretamente no tumor, prática especialmente eficaz em tumores do fígado.
Além disso, é possível injetar quimioterápicos diretamente no tumor, ou ainda utilizar substâncias radioativas aplicadas por agulhas, também com ótimos resultados em cânceres hepáticos.
O uso de micro-ondas, semelhante ao funcionamento de aparelhos domésticos, também é uma opção para destruir células cancerígenas em diversos órgãos. Outra abordagem moderna é a eletroporação, que aplica pulsos elétricos para eliminar os tumores.
Algumas formas de radioterapia também são consideradas técnicas ablativas, como a SBRT (radioterapia estereotáxica). Essa técnica utiliza um alvo preciso de radiação para destruir células cancerígenas em metástases localizadas no osso, fígado ou cérebro, funcionando como um “tiro de radiação” extremamente localizado.