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Recebeu o diagnóstico de Esofagite? Saiba qual o tratamento indicado

Tempo de Leitura: 3 min
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A esofagite, inflamação do esôfago, pode causar dificuldade para engolir, azia, regurgitação e queimação no peito. O tratamento indicado pode incluir mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em casos graves, cirurgia, visando aliviar os sintomas e prevenir complicações futuras. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo.

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O sistema digestivo é um complexo conjunto de órgãos responsáveis pela quebra e absorção dos nutrientes dos alimentos que ingerimos. O esôfago é uma parte fundamental desse sistema, funcionando como um tubo muscular que conecta a boca ao estômago. 

Sua principal função é transportar o alimento mastigado até o estômago, onde a digestão continua. O funcionamento adequado do esôfago é essencial para o processo digestivo, e qualquer disfunção pode levar a problemas graves de saúde, como a esofagite.

Neste artigo, vamos explorar a esofagite, incluindo o que é, quais as causas, como é realizado o diagnóstico, quais os riscos e como é feito o tratamento. Leia até o final e saiba mais!

O que é a esofagite e quais as causas?

A esofagite é uma condição médica que envolve a inflamação do revestimento interno do esôfago. Essa inflamação pode ser causada por uma série de fatores, sendo os mais comuns:

  • Refluxo gastroesofágico (DRGE): é a causa mais comum de esofagite. O refluxo ocorre quando o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago, irritando sua mucosa. A exposição contínua ao ácido gástrico pode levar à inflamação crônica.
  • Infecções: certas infecções, como candidíase ou herpes, podem causar esofagite, especialmente em indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido.
  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e bisfosfonatos, podem irritar o esôfago e levar à esofagite medicamentosa.
  • Ingestão de substâncias corrosivas: a ingestão acidental de substâncias corrosivas, como produtos de limpeza, pode causar danos graves ao esôfago e levar à esofagite química.
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool: podem aumentar o risco de esofagite, pois podem enfraquecer a capacidade do esôfago de se proteger contra os danos causados pelo ácido gástrico.

Como é o diagnóstico de esofagite?

O diagnóstico de esofagite começa com a avaliação dos sintomas do paciente. Sintomas comuns incluem dificuldade para engolir, azia, regurgitação e sensação de queimação no peito.

Para confirmar o diagnóstico e determinar a causa, geralmente se realiza exames complementares, como:

  • Endoscopia: é um procedimento no qual um tubo fino e flexível com uma câmera na ponta (endoscópio) é inserido pela boca do paciente para examinar o interior do esôfago. Isso permite que o médico veja qualquer inflamação, úlcera ou outros problemas.
  • Biópsia: durante a endoscopia, o médico pode coletar pequenas amostras de tecido do esôfago para análise laboratorial, a fim de determinar a causa da esofagite, como infecções ou alergias.
  • Testes de pH: em casos de suspeita de DRGE, podem ser realizados testes de pH para medir os níveis de ácido no esôfago ao longo do tempo.

Quais os riscos da esofagite?

A esofagite não tratada pode levar a complicações graves, incluindo:

  • Esôfago de Barrett: é uma condição na qual o revestimento do esôfago é danificado de forma permanente, aumentando o risco de câncer de esôfago.
  • Estenose esofágica: o acúmulo de cicatrizes no esôfago pode estreitar a passagem, tornando a deglutição dolorosa ou impossível.
  • Sangramento: úlceras ou feridas causadas pela esofagite podem sangrar, levando a hemorragias potencialmente fatais.

Como é o tratamento da esofagite?

O tratamento da esofagite depende da causa subjacente e da gravidade da condição. As opções de tratamento incluem:

  • Mudanças no estilo de vida: em casos leves de esofagite relacionada ao refluxo, mudanças na alimentação, perda de peso, evitar deitar-se após as refeições e parar de fumar e reduzir o consumo de álcool podem ser suficientes para aliviar os sintomas.
  • Medicamentos: medicamentos para reduzir a produção de ácido gástrico (inibidores da bomba de prótons), para proteger o esôfago (antagonistas dos receptores H2) ou para tratar infecções causadoras de esofagite podem ser prescritos.
  • Cirurgia: em casos graves de refluxo que não respondem ao tratamento medicamentoso, a cirurgia de fundoplicatura pode ser necessária para corrigir o refluxo.

A esofagite é uma condição que pode afetar a qualidade de vida e levar a complicações graves se não for tratada adequadamente. O diagnóstico precoce e o manejo podem ajudar a aliviar os sintomas e prevenir complicações graves, como o esôfago de Barrett e o câncer de esôfago. 

Siga as orientações do seu médico e adote um estilo de vida saudável para cuidar do seu sistema digestivo e evitar problemas relacionados ao esôfago.

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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