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Você sabe o que é dispepsia funcional? Conheça os sintomas e tratamento

Tempo de Leitura: 3 min
Atualizado em 21/03/2024
Sumário

 A dispepsia funcional é uma condição gastrointestinal comum, caracterizada por desconforto abdominal superior, plenitude pós-prandial e outros sintomas, sem evidência de doença orgânica subjacente. Essa condição requer uma avaliação para excluir outras causas de desconforto abdominal. Entenda mais sobre esse assunto lendo o texto abaixo.

DISPEPSIA FUNCIONAL DR. KASSAB BLOG

A dispepsia funcional é uma condição gastrointestinal comum, caracterizada por desconforto ou dor recorrente na parte superior do abdômen, muitas vezes associada a outros sintomas, sem evidência de doença orgânica. 

Ela afeta significativamente a qualidade de vida e pode ter um impacto negativo nas atividades diárias e na saúde emocional dos indivíduos. 

A dispepsia funcional é uma das queixas gastrointestinais mais frequentes na prática clínica, com uma prevalência estimada entre 10% e 30% da população geral. 

Neste artigo, vamos explorar a dispepsia funcional, incluindo suas causas e sintomas e como são realizados o diagnóstico e o tratamento. Leia até o final e saiba mais! 

Quais as causas e sintomas da dispepsia funcional?

A dispepsia funcional, apesar de sua causa exata não ser completamente compreendida, está associada a uma série de fatores. 

Estes incluem disfunções na motilidade gastrointestinal, hipersensibilidade visceral, distúrbios da secreção ácida gástrica, fatores psicossociais e distúrbios da função do sistema nervoso autônomo. 

Os sintomas comuns da dispepsia funcional incluem desconforto ou dor recorrente na parte superior do abdômen, frequentemente descrita como sensação de queimação ou plenitude gástrica. 

Outros sintomas incluem saciedade precoce, distensão abdominal após as refeições, náuseas, vômitos, eructação e regurgitação. 

Esses sintomas podem variar em intensidade e podem se manifestar de forma intermitente ao longo do tempo. 

Como é realizado o diagnóstico da dispepsia funcional?

O diagnóstico da dispepsia funcional é baseado em uma combinação de história clínica, exame físico e exclusão de outras condições gastrointestinais orgânicas.

Inicialmente, o médico gastroenterologista realizará uma avaliação detalhada dos sintomas relatados pelo paciente, incluindo a natureza, frequência e duração do desconforto abdominal. 

É importante investigar a presença de fatores desencadeantes, como alimentos específicos ou situações de estresse. 

Além disso, o médico também pode perguntar sobre a presença de sintomas alarmantes, como perda de peso inexplicada, dificuldade para engolir, vômito persistente ou sangramento gastrointestinal. 

Após a avaliação inicial, podem ser solicitados exames complementares, como endoscopia digestiva alta, para descartar outras condições gastrointestinais, como úlceras pépticas, infecção por H. pylori ou câncer gástrico. 

Exames laboratoriais, como hemograma completo e testes de função hepática, também podem ser realizados para descartar outras causas orgânicas de desconforto abdominal. 

Se não forem encontradas evidências de doença orgânica, e os critérios clínicos para a dispepsia funcional forem atendidos, o médico pode então fazer o diagnóstico de dispepsia funcional.

A dispepsia funcional é um diagnóstico de exclusão, o que significa que é necessário descartar outras condições gastrointestinais orgânicas, como úlceras pépticas, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e câncer gástrico, por isso, a necessidade de investigação com exames.

Como é o tratamento da dispepsia funcional?

O tratamento da dispepsia funcional visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

Isso geralmente envolve uma abordagem multifacetada, combinando mudanças no estilo de vida, terapias farmacológicas e, em alguns casos, terapias psicológicas. 

As mudanças no estilo de vida incluem orientações dietéticas, como evitar alimentos que desencadeiam os sintomas, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína, e realizar refeições menores e mais frequentes. 

Além disso, pode ser útil reduzir o estresse por meio de técnicas de relaxamento, como meditação ou exercícios de respiração. 

No aspecto farmacológico, os medicamentos que reduzem a produção de ácido gástrico, como os inibidores da bomba de prótons (IBPs) ou os antagonistas dos receptores H2, podem ser prescritos para aliviar a queimação e a dor epigástrica. 

Analgésicos e medicamentos para melhorar a motilidade gastrointestinal também podem ser considerados, dependendo dos sintomas predominantes do paciente. 

Em alguns casos, a terapia psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou a terapia de relaxamento, pode ser benéfica para ajudar a lidar com o estresse e a ansiedade associados à dispepsia funcional. 

O tratamento deve ser individualizado de acordo com os sintomas e necessidades específicas de cada paciente.

Dr. Paulo Kassab Imagem do Doutor CRM 42.138

Dr. Paulo Kassab

CRM:  42.138    
RQE: 45.777 - Cirurgia Geral
RQE: 64.606 - Cirurgia do Aparelho Digestivo
Sou graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro, Mestre em Medicina(Cirurgia) pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Doutor em Medicina (Cirurgia) e possuo Livre Docência pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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